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496 bc - 406 bc
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Sófocles foi um importante dramaturgo da Grécia Antiga, e é considerado um dos grandes representantes do teatro grego antigo. De família abastada mas não aristocrática, Sófocles presenciou o período de maior desenvolvimento cultural de Atenas. Viveu sempre nesta cidade-estado e lá morreu. Sófocles é o segundo dos três poetas trágicos canônicos, pois suas obras são posteriores às de Ésquilo e anteriores às de Eurípedes.
Sófocles acredita que o destino já está traçado na vida das pessoas. Dessa forma, em sua obra “Édipo Rei” é possível perceber tal afirmação, uma vez que Édipo tenta fugir de seu destino, porém seu destino é justamente fugir do mesmo. Portanto, é impossível escapar do próprio destino.
1788 - 1860
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Arthur Schopenhauer nasceu em Danzig (atual Gdansk, Polônia), em 22 de fevereiro de 1788. Filho de ricos comerciantes prussianos, foi educado para seguir a profissão do pai e, aos 12 anos de idade, empreendeu uma série de viagens pela Europa. A morte de seu pai permitiu-lhe abandonar a carreira comercial e voltar-se para o estudo universitário. Em 1813, doutorou-se pela Universidade de Berlim com a tese Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente. Em 1818 publica sua principal obra, O Mundo como Vontade e Representação. A partir de 1831, estabelece-se em Frankfurt, onde leva uma vida solitária. Ao longo da vida, ele teve problemas com a família, falta de reconhecimento da universidade (seu curso na Universidade de Berlim contou com apenas quatro ouvintes), doenças e dificuldades econômicas. Morre em 21 de setembro de 1860, vítima de ataque cardíaco, aos 72 anos.
“Todo objeto, seja qual for a sua origem, é, enquanto objeto, sempre condicionado pelo sujeito e, assim, essencialmente, apenas uma representação do sujeito.” Em outras palavras, tudo o que existe para mim é o que eu percebo a partir de formas a priori de consciência (tempo, espaço etc.). O real, enquanto coisa em si, é impenetrável a nosso conhecimento, que atinge apenas as representações. Essas representações se interpõem entre nós e o real como um véu que o encobre. Schopenhauer é um dos primeiros filósofos ocidentais modernos a valorizar o pensamento oriental, vendo afinidades entre sua visão e o hinduísmo, para o qual a realidade é encoberta pelo “véu de Maia”.
“O mundo é minha representação”
1818 - 1883
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Karl Marx nasceu em 5 de maio de 1818, em Trier (Prússia). Primeiro entre nove filhos de uma família judaico-alemã, estudou filosofia nas universidades de Berlim e de Iena. Em 1842 chefiou a redação do jornal Rheinische Zeitung, em Colônia, no qual escreveu artigos radicais em defesa da democracia. Mudou-se para Paris em 1844 e conheceu Friedrich Engels, que viria a se tornar seu companheiro de luta e de trabalho. Em 1848 publicou O Manifesto do Partido Comunista, em parceria com Engels, que defendia uma revolução internacional que derrubasse a burguesia e o capitalismo e implantasse o comunismo. A divulgação do manifesto provocou sua expulsão de Paris. Marx, então, mudou-se para Londres, onde estudou história e economia, escreveu artigos na imprensa e ajudou a fundar o movimento pró-socialista da 1ª Internacional. Em 1867 publicou o primeiro volume de sua principal obra, O Capital. Marx faleceu em 1883, em decorrência de bronquite e pleurisia.
Um conceito fundamental do marxismo é o materialismo histórico-dialético. Para Marx, a realidade não é estável, ela é um processo de transformação progressivo e constante. Esse processo de mudança contínua se dá a partir de um conflito dos contrários: o contrário nega o outro, que é negado por um nível superior de desenvolvimento histórico, que preserva alguma coisa de ambos os termos negados. É a chamada Lei da Negação da Negação, usualmente representada pelo esquema tese, antítese, síntese. Por exemplo, o historiador marxista Perry Anderson, ao analisar a passagem da Antiguidade para o Feudalismo, aponta três componentes: o Império Romano (tese), em contraposição ao mundo bárbaro (sua antítese, sua negação), que engendrou um mundo novo, o mundo Feudal (síntese ou negação da negação).
“sem antagonismo, não há progresso”
1844 - 1900
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Friedrich Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844, em Rökken (Prússia, atual Alemanha). Criado em uma família de clérigos luteranos, Nietzsche foi preparado para ser pastor. Aos 18 anos, perdeu a fé em Deus e passou por um período libertino. Nietzsche tornou-se professor de filosofia e poesia gregas com apenas 24 anos, na Universidade de Basileia, em 1869. Abandonou a universidade em 1879. Sofrendo de intensas dores de cabeça e de uma crescente deterioração da vista, levou uma vida solitária, vagando entre a Itália, os Alpes suíços e a Riviera Francesa ele atribui à doença o poder de lhe conferir uma clarividência e lucidez superiores. Morreu em 1900.
Para Nietzsche, a filosofia, representada por Sócrates (o “homem de uma visão só”), instaura o predomínio da razão, da racionalidade argumentativa, da lógica, do conhecimento científico e do “espírito apolíneo” derivado de Apolo, deus da ordem e do equilíbrio. Assim, perde-se a proximidade da natureza e de suas forças vitais, da alegria, do excesso e do “espírito dionisíaco” derivado de Dionísio, o deus do vinho e das festas. A história da filosofia é, portanto, a história do triunfo da razão contra a “afirmação da vida”. Seria preciso, assim, resgatar o elemento dionisíaco da vida.
“O que quer que não pertença à vida é uma ameaça para ela.”
1858 - 1917
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Émile Durkheim nasceu em Épinal, na Lorena, no dia 15 de abril de 1858 e aos 21 anos de idade, ingressou na Escola Normal Superior de Paris, onde se graduou em Filosofia no ano de 1882, sob a tutela de Fustel de Coulanges. Seus trabalhos teóricos começaram quando ingressou Universidade de Burdeux como professor de pedagogia e ciência social. A partir daí criou uma nova ciência: a Sociologia.
“Os fatos sociais devem ser tratados como coisas", ele coloca o objeto sociológico enquanto objeto científico, posto que considerasse que só a ciência e um novo paradigma racionalista poderiam conduzir a respostas acertadas frente as mudanças sociais cada vez mais rápidas. A grosso modo, sua teoria constitui uma “teoria da coesão social”, para responder como as sociedades poderiam manter a sua integridade e coerência na era moderna, enquanto dimensões como religião e etnia pareciam desmoronar.
1864 - 1920
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Max Weber, nascido em 21 de abril de 1864 e falecido em 14 de junho de 1920, foi um dos precursores da sociologia econômica.
Seus estudos recaíram sobre questões teórico-metodológicas acerca da origem da civilização ocidental e seu lugar na história universal.
A sociologia weberiana é essencialmente hermenêutica e busca compreender a rede de significados que o homem teceu e se “enroscou”. Ela afirma que a sociedade seria o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes.
Ele percebeu, portanto, que a ciência participa de um processo histórico geral de racionalização e intelectualização da vida.
Por isso, o objeto da sociologia seria a realidade infinita. Para analisá-la, Weber argumenta que só poderíamos fazer através de "tipos ideais", que serviriam como modelos interpretativos.
1905 - 1980
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Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, em 21 de junho de 1905. Criado pela mãe e pelo avô, estudou na Escola Normal Superior, onde conheceu a escritora Simone de Beauvoir,. De 1931 a 1945 lecionou filosofia em várias escolas secundárias. Recrutado em 1939 para a II Guerra Mundial, acabou prisioneiro dos alemães entre 1940 e 1941. Depois de libertado, voltou a lecionar e se integrou à Resistência Francesa, de oposição ao nazismo, fundando o Movimento Socialismo e Liberdade.
Em 1945 cria com outros intelectuais a revista Les Temps Modernes, que exerceu grande influência sobre a intelectualidade francesa. Foi o primeiro diretor do hoje tradicional jornal esquerdista Libération. Em 1956 rompeu com o modelo socialista russo após a intervenção das tropas soviéticas na Hungria. Na década de 1950 abraçou o comunismo maoísta, dizendo ser o marxismo “a filosofia inevitável de nosso tempo” e posicionou-se publicamente em defesa da libertação da Argélia, da Revolução Cultural da China e dos movimentos estudantis de 1968. Morreu em Paris, em 1980.
Para Sartre, o homem é um tipo diferente de ser, pois pode pensar sobre a própria consciência e sobre o mundo ao seu redor. Para o homem que se define por sua autoconsciência, existir e refletir são a mesma coisa. A consciência humana não tem uma essência definida, não tem um criador que tenha dado uma finalidade para sua vida: “O homem é um ser pelo qual o nada vem ao mundo”.
"a existência precede a essência"
1926 - 1984
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Michel Foucault nasceu no dia 15 de outubro de 1926, em Poitiers, na França. Seu pai era um cirurgião renomado, lecionava na faculdade de medicina local e dirigia uma clínica bem-sucedida. O jovem Foucault, desde cedo, recusou-se a seguir a tradição familiar, negando a medicina. Sua vida foi marcada pela genialidade filosófica e também pelas “extravagâncias”, como suas experiências no sanatório, o uso de drogas diversas, a bebida excessiva e as tentativas de suicídio. Os dois maiores amores de sua vida foram um compositor chamado Jean Barraqué e Daniel Defert, filósofo e ativista político, que permaneceu ao lado de Foucault por quase 20 anos, numa relação aberta. Especialmente depois de lecionar na Universidade da Tunísia, Foucault tornou-se ativo politicamente, chegando a entrar no Partido Comunista Francês (PCF). Morreu no dia 25 de junho de 1984, vítima da aids.
Para regular a vida dos indivíduos existe o “poder disciplinar”, empregado em hospitais, escolas, fábricas e prisões. Para explicar essa nova forma de disciplina e vigilância, Foucault cita o clássico exemplo do Panóptico (literalmente, “vê-se tudo”) para prisões. Trata-se de uma estrutura em forma circular, com uma plataforma de observação erguida no meio. Isso possibilitava que um observador central espionasse as celas situadas abaixo, ao redor do prédio. Cada prisioneiro nessas celas estava, então, ciente de que suas atividades eram vigiadas o tempo todo. As celas possuem uma janela para o exterior, por onde entra a luz, e uma para o interior, de frente para a torre central, de forma que o vigilante da torre central pode ver os prisioneiros, mas não o contrário. O efeito do Panóptico é criar a aparente onipresença do inspetor na mente dos ocupantes, “induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade, que assegura o funcionamento automático do poder. Fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação. O sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso de instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção normalizadora e sua combinação com o exame”.
“Nossa sociedade não é de espetáculos, mas de vigilância.”