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1889 - 1891
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A elaboração da constituição brasileira de 1891 iniciou-se em 1889. Após um ano de negociações, a sua promulgação ocorreu em 24 de fevereiro de 1891. Esta constituição vigorou durante toda a República Velha e sofreu apenas uma alteração em 1926.
Deodoro foi eleito presidente em sufrágio indireto. Seu governo constitucional foi marcado por forte tensão política entre suas tendências centralizadoras e as inclinações federalistas da sociedade civil e de parte dos militares, que levou à dissolução do Congresso Nacional. Sob a ameaça da Primeira Revolta da Armada, Deodoro renunciou à presidência em 23 de novembro de 1891. No ano seguinte, morreu no dia 23 de agosto, vítima de uma forte crise de dispneia.
1891 - 1894
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A Revolta da Armada foi um movimento de rebelião promovido por unidades da Marinha Imperial Brasileira contra os governos da recém-imposta república brasileira após o Golpe de 1889, que havia sido consolidada através da Primeira Ditadura Militar do Brasil. Tal revolta contou com a participação de muitos monarquistas,desenvolvendo-se em dois momentos; uma no governo de Deodoro da Fonseca e outra no governo que se seguiu, de Floriano Peixoto.
1893 - 1895
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A Revolução Federalista foi uma guerra civil que ocorreu no sul do Brasil, logo após a Proclamação da República. Instada pela crise política gerada pelos federalistas, grupo opositor que pretendia libertar o Rio Grande do Sul da governança de Júlio de Castilhos, então presidente do Estado, conquistar maior autonomia e descentralizar o poder da então recém proclamada República.
Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear a luta armada, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, vencida pelos seguidores de Júlio de Castilhos.
Após a falha de Floriano de achar um sucessor Prudente acaba sendo eleito por votos diretos dando fim a República da Espada. Ele acaba sendo assim o primeiro presidente civilista do Brasil.
1896 - 1902
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Rodrigues Alves foi eleito presidente da república em 1 de março de 1902, obtendo 592.039 votos contra 42.542 de seu principal competidor Quintino Bocaiúva. O vice-presidente eleito foi Francisco Silviano de Almeida Brandão, que faleceu, sendo substituído por Afonso Pena.
Em seu governo ocorreu a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, promovida pelo médico sanitarista e ministro da Saúde Osvaldo Cruz. A obrigatoriedade de vacinação provocou uma revolta popular que ficou conhecida como Revolta da Vacina, movimento ocorrido em 1904, com a adesão também dos alunos da Escola Militar da Praia Vermelha, que acabou sendo fechada. Rodrigues Alves promoveu a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro, realizada sob os planos do seu prefeito, o engenheiro Pereira Passos, que incluiu, além do remodelamento da cidade, a melhoria de estradas de ferro e a construção do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Houve também o Convênio de Taubaté, que foi a primeira política de valorização do café. Esse convênio reuniu São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os três estados decidiram que o governo federal compraria e estocaria as sacas de café para evitar a queda de preço.Também determinaram um imposto de três francos por saca exportada.
Sua administração financeira foi muito bem sucedida. O presidente dispunha de muito dinheiro, já que seu governo coincidiu com o auge do ciclo da borracha no Brasil, cabendo ao país 97% da produção mundial. Em 1903, Rodrigues Alves comprou a região do Acre da Bolívia, pelo Tratado de Petrópolis - processo conduzido pelo então diplomata José Maria da Silva Paranhos Júnior (barão do Rio Branco). Deixou a presidência com grande prestígio, sendo chamado "o grande presidente".
1903 - 1906
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Recebe o nome de Tratado de Petrópolis o documento firmado entre a Bolívia e o Brasil a 17 de novembro de 1903. Assinado naquela cidade do estado do Rio de Janeiro, este tratado tornou oficial a anexação do atual estado do Acre ao território brasileiro.
Surgimento da questão
No dia 23 de outubro de 1906, o aviador brasileiro Santos Dumont fazia uma exibição pública, no campo de Bagatelle, em Paris, de um voo do 14-Bis. O aeroplano, sem o auxílio de dispositivos de lançamento, percorreu 60 metros, durante sete segundos, a uma altura de aproximadamente dois metros, perante mais de mil espectadores. Por conta disso, ganhou a Taça Archadeacon. O 14-Bis era, inicialmente, um aeroplano unido ao balão 14, usado por Santos Dumont em 1905. O nome 14-Bis deve-se ao fato do reaproveitamento do balão no avião. Contudo, o aviador decidiu tirar o balão e duplicou a potência: instalando um motor de 50 cavalos no lugar de um de 24. Além dessa, também realizou outras mudanças no seu invento. O primeiro voo homologado da história da aviação foi em 12 de novembro de 1906. Neste dia, o 14-Bis voou 220 metros, a seis metros de altura, em 21 minutos e dois segundos, ganhando o Prêmio do Aeroclube da França, também em Bagatelle. O último voo do 14-Bis foi em Saint Cyr, onde caiu em 4 de abril de 1907. Do avião restou a cesta original, que faz parte do acervo da Fundação Santos Dumont, em São Paulo.
1906 - 1909
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O que foi
O Convênio de Taubaté foi um plano feito entre os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e os grandes cafeicultores destes estados. Este acordo, firmado em 1906, na cidade de Taubaté (interior de São Paulo) tinha como principal objetivo aumentar o preço do café.
Contexto histórico e objetivos
No começo do século XX, o café era o principal produto da economia brasileira. Porém, devido ao excesso de oferta, o produto teve seu preço reduzido no mercado internacional, gerando uma crise no setor.
Logo, o objetivo principal do Convênio de Taubaté era controlar a oferta do produto no mercado internacional e nacional para forçar a revalorização do produto.
Como funcionou o Convênio de Taubaté
Na
Afonso Pena foi eleito presidente da república, em 1 de março de 1906, obtendo a quase totalidade de votos. Obteve 288 285 votos contra 4 865 votos de Lauro Sodré e 207 votos de Rui Barbosa. Nilo Peçanha foi eleito, na mesma data, seu vice-presidente.[3]
Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café com leite, realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon.
Em 1906 adotou o padrão ouro, criando a Caixa de Conversão, fixando o câmbio à Libra, no valor de 1 Mil-réis para 15 pence. Fez a primeira compra estatal de estoques de café, em vigor na República Velha, transferindo assim, os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam assinado o Convênio de Taubaté. Essas medidas implicariam, mais tarde, em um período de grande prosperidade e controle inflacionário, interrompido com o advento da 1ª Guerra Mundial. Modernizou o Exército e a Marinha por meio do general Hermes da Fonseca, e incentivou a imigração. Seu lema era: "governar é povoar", lema absorvido e ampliado depois por Washington Luís: "Governar é povoar; mas, não se povoa sem se abrir estradas, e de todas as espécies; Governar é pois, fazer estradas".
Seus ministérios eram ocupados por políticos jovens e que respeitavam muito a autoridade dele. Estes jovens receberam a alcunha de Jardim da Infância. Chegou mesmo a declarar, em carta a Rui Barbosa, que a função dos ministros era executar seu pensamento:
"Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu".
Foi um grande incentivador das ferrovias, sendo que se destaca em seu governo, a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e da ligação das ferrovias paulistas com as paranaenses, permitindo-se pela primeira vez, a ligação do sudeste do Brasil com o sul do Brasil por trem.
Em virtude de seu afastamento dos interesses tradicionais das oligarquias, na chamada República oligárquica, enfrentou uma crise por ocasião da sucessão. David Morethson Campista, indicado pelo presidente, foi rejeitado pelos grupos de apoio a Hermes da Fonseca (principalmente por Pinheiro Machado, mais influente congressista daquela época).
Ainda tentou indicar os nomes de Campos Sales e Rodrigues Alves, sem sucesso. Em meio a tudo isso, iniciou-se também a campanha civilista, lançada por Rui Barbosa.
Com a morte de Afonso Pena em 1909, assumiu o cargo de presidente. Seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador.
Apoiou o candidato Hermes da Fonseca a sua sucessão em 1910, contra Rui Barbosa e o presidente de São Paulo Albuquerque Lins, candidatos de oposição que fizeram a campanha civilista. Hermes venceu as eleições e elegeu-se presidente da república em 1º de março de 1910, para governar até 1914. Os conflitos entre as oligarquias estaduais intensificaram-se, sobretudo em Minas Gerais e São Paulo. Minas Gerais apoiou Hermes e São Paulo apoiou Rui Barbosa, lançando seu presidente estadual Albuquerque Lins à vice presidência na Campanha Civilista.
Durante seu governo, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI, antecessor da Funai), e inaugurou o ensino técnico no Brasil.
1908 - 1910
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A Revolta da Chibata foi um motim naval no Rio de Janeiro, Brasil, ocorrido no final de novembro de 1910. Foi o resultado direto do uso de chibatadas por oficiais navais brancos ao punir marinheiros afro-brasileiros e mulatos.
Em 1888, o Brasil se tornou o último país do hemisfério ocidental a abolir a escravidão. A mudança recebeu oposição das elites brasileiras, que conduziram um bem sucedido golpe de estado em 1889. A instabilidade resultante contribuiu para várias revoltas e rebeliões, mas no início do novo século a crescente demanda por café e borracha permitiu aos políticos brasileiros começar a traçar a transformação do país em uma potência internacional. Uma parte importante disso seria a modernização da Marinha do Brasil, que tinha sido negligenciada desde a revolução, o que incluía a compra de navios de batalha do novo tipo de encouraçado (dreadnought). Embora extremamente caros, eles atraíram muita atenção internacional antes de sua entrega com dois novos cruzadores em 1910.
Contudo, as condições sociais da Marinha do Brasil não acompanharam o ritmo da nova tecnologia. Oficiais brancos de elite eram responsáveis pela maioria das equipes de negros e mulatos, muitos dos quais haviam sido forçados a entrar na Marinha por contratos de longo prazo. Estes oficiais frequentemente utilizavam castigos corporais contra seus tribulantes, mesmo para punir delitos menores, algo que havia sido banido na maioria dos outros países e no resto do Brasil. Em resposta, os marinheiros usaram os novos navios de guerra para um motim cuidadosamente planejado e executado em novembro de 1910. Eles tomaram o controle de ambos os encouraçados novos, um dos cruzadores e um navio de guerra mais velho—um total que deu aos amotinados o tipo de poder de fogo que enfraqueceu o resto da Marinha brasileira. Liderados por João Cândido Felisberto, os amotinados enviaram uma carta ao governo que exigia o fim do que eles chamavam de "escravidão" praticada pela Marinha.
Em novembro de 1908, após regressar de uma viagem à Alemanha, onde assistira a manobras militares como convidado de Guilherme II, foi indicado para a sucessão presidencial. Contou com o apoio do presidente Nilo Peçanha, que substituiu Afonso Pena, e das representações estaduais no Congresso Nacional, à exceção das bancadas de São Paulo e Bahia, que apoiavam o nome do senador Rui Barbosa e o presidente de São Paulo Albuquerque Lins como candidato a vice-presidente, e deram início à campanha civilista.
Pela primeira vez no regime republicano se instalou um clima de campanha eleitoral com a disputa entre civilistas e hermistas. Com o convite de Nilo Peçanha para que retornasse ao cargo no ministério, se fortaleceu e venceu as eleições de 1910 contra Rui Barbosa.
Na eleição de 1º de março de 1910, o país se dividiu: Bahia, São Paulo, Pernambuco, o estado do Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais, apoiaram o candidato Rui Barbosa, que tinha o presidente de São Paulo, Albuquerque Lins,[1] como seu vice-presidente, e os demais estados apoiaram a candidatura de Hermes da Fonseca, que tinha Venceslau Brás como seu vice. Hermes e Wencesláu Brás venceram. Hermes teve 403.867 votos contra 222.822 votos dados a Rui Barbosa.
Depois de eleito viajou à Europa, onde assistiu à queda da monarquia em Portugal.
Hermes da Fonseca enfrentou, logo na primeira semana de governo, em novembro de 1910, a Revolta da Chibata, arquitetada por cerca de dois anos e que culminou num motim dos marinheiros no Encouraçado Minas Gerais, Encouraçado São Paulo, Encouraçado Deodoro e Cruzador Bahia, revolta liderada pelo marinheiro João Cândido Felisberto. Depois de conseguido o objetivo, o fim da aplicação da Chibata na Marinha, e concedida a anistia a todos os mais de dois mil marinheiros amotinados, o governo traiu sua palavra e começou um processo de expulsão de marinheiros. O primeiro motim, já controlado, foi seguido de um levante no batalhão de fuzileiros navais sem causa aparente. O Marechal Hermes ordenou o bombardeio aos portos e colocou o país em estado de sítio. Mais de 1200 marinheiros foram expulsos e centenas foram presos e mortos. Apesar de ser bastante popular quando eleito, sua imagem ficou bastante abalada depois da revolta. Logo outra revolta veio conturbar o seu governo, a Guerra do Contestado, que não chegou a ser debelada até o fim de seu governo.
Rua de Salvador após bombardeio pelo Governo Federal durante a Política das Salvações
Manteve a ordem e apoiado pelo Partido Republicano Conservador, liderado pelo senador Pinheiro Machado, retomou o esquema das administrações anteriores, sem poder, contudo, conter o surto militarista das chamadas "salvações", que consistiam na derrubada das oligarquias que dominavam as regiões Norte e Nordeste. Foi no seu Governo que foi criada a faixa presidencial, pelo Decreto número 2.299, de 21 de dezembro de 1910.
A Política das Salvações, nem sempre pacífica, consistiu em promover intervenções federais sucessivamente nos Estados de Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas, alegando a prática de corrupção e a fim de colocar militares na chefia dos Estados, em substituição aos políticos. As intervenções provocaram violenta oposição, que resultou no bombardeio a Manaus em 8 de outubro de 1910, ainda no Governo de Nilo Peçanha e Salvador.
Em seu governo ocorreu nova renegociação da dívida externa brasileira, em 1914, com um segundo funding loan (o primeiro fora negociado por Campos Sales), pois a situação financeira do Brasil não andava bem. Sua política externa manteve a aproximação com os Estados Unidos, traçada pelo chanceler barão do Rio Branco, que continuou no cargo de ministro, até 1912, quando faleceu.
No plano interno, prosseguiu o programa de construção de ferrovias, incluindo a ferrovia Madeira-Mamoré e de escolas técnico-profissionais, delineado no governo Afonso Pena. Instalou a Universidade do Paraná. Concluiu as reformas e obras da Vila Militar de Deodoro e do Hospital Central do Exército (HCE), entre outras, além das vilas operárias, no Rio de Janeiro, no subúrbio de Marechal Hermes e no bairro da Gávea.
Foi o único presidente a casar durante o mandato presidencial, sua primeira esposa, Orsina Francioni da Fonseca, com quem casou-se em 1878 veio a falecer em 1912. Sua segunda esposa foi a caricaturista Nair de Tefé von Hoonholtz, filha do barão de Teffé. Nair seria hoje considerada uma feminista - e, em sua longa vida, chegaria a participar das primeiras comemorações do Ano Internacional da Mulher. As cerimônias civil e religiosa ocorreram no dia 8 de dezembro de 1913, no Palácio Rio Negro, em Petrópolis.
Durante seu governo, foi editado um decreto instituindo o uso da faixa presidencial no Brasil, sendo ele mesmo o primeiro presidente a usá-la e o primeiro a passá-la a seu sucessor. Desde então, todos os presidentes a recebem na ocasião da posse.
Hermes da Fonseca é um dos três únicos militares que chegou à Presidência da República de forma direta e eleitoral. Os outros dois foram Eurico Gaspar Dutra e Jair Bolsonaro. Durante todo o seu mandato andou fardado, inclusive durante as reuniões ministeriais.
1911 - 1914
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A Revolta ou Sedição de Juazeiro foi um confronto ocorrido em 1914 entre as oligarquias cearense e o governo federal provocado pela interferência do poder central na política estadual nas primeiras décadas do século XX. Ocorreu no sertão do Cariri, interior do Ceará, em reação à interferência do poder central contra a política do coronelismo. Sob a liderança de Floro Bartolomeu e do padre Cícero Romão Batista, um exército de jagunços derrotou as forças do governo federal, depondo Franco Rabelo.
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que envolveu posseiros e pequenos proprietários de terras, de um lado, e representantes dos poderes estadual e federal brasileiro, de outro, entre outubro de 1912 e agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados do Paraná e de Santa Catarina.[1]A região, marcada por muitos conflitos ligados a disputas de limites entre os dois estados, era conhecida como Contestado.
Em 1 de março de 1910, Venceslau Brás é eleito vice-presidente da república, tendo Hermes da Fonseca sido eleito presidente derrotando Rui Barbosa que estava sem apoio, ele conquistou o cargo através da política do café com leite, após os estados de São Paulo e Minas Gerais se reconciliarem com o Tratado de Ouro Fino. Em 1913, seu nome foi proposto como medida reconciliatória entre Minas Gerais, São Paulo e os outros estados, como candidato à sucessão de Hermes. Minas Gerais havia vetado a candidatura de Pinheiro Machado que era apoiado por Hermes da Fonseca, e Rodrigues Alves, que, na época, governava São Paulo, vetara a candidatura Rui Barbosa.
Vencesláu Brás foi eleito presidente em 1 de março de 1914, obtendo 532.107 votos contra 47.782 votos dados a Rui Barbosa.
Logo de início teve de combater a Guerra do Contestado (crise herdada do governo anterior) e, após debelar a revolta, mediou a disputa de terras entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, tendo sido um dos fatores a dar origem ao conflito. Venceslau Brás definiu em 1916 os atuais limites entre Paraná e Santa Catarina. Em 20 de outubro de 1916, os governadores dos dois estados, assinaram, no Palácio do Catete, um acordo que fixava as divisas entre aqueles estados, o qual foi aprovado pelo Congresso Nacional, e publicado pelo decreto 3.304 de 3 de agosto de 1917.
1917 - 1922
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Pelo Telefone é considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil segundo a maioria dos autores, a partir dos registros existentes na Biblioteca Nacional.
Criação coletiva de autoria controversa, a composição ganhou a assinatura de Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, e do jornalista Mauro de Almeida. Foi registrada em 27 de novembro de 1916 como sendo de autoria apenas de Donga — que mais tarde incluiu Mauro como parceiro — e concebida em um famoso terreiro de candomblé daqueles tempos, a casa da Tia Ciata, frequentada por grandes músicos da época. Por ter sido um grande sucesso e devido ao fato de ter nascido em uma roda de samba, de improvisações e criações conjuntas, vários foram os músicos que reivindicaram a autoria da composição.
Epitácio disputou a sucessão de Delfim Moreira, vice-presidente da república que assumiu a presidência devido ao falecido presidente eleito Rodrigues Alves. Foi indicado candidato a presidente quando representava o Brasil na Conferência de Versalhes. Nas eleições de 13 de abril de 1919, Epitácio teve 286.373 votos contra 116.414 votos dados ao já septuagenário Rui Barbosa, vencendo as eleições sem nem ter saído da França. Retornou ao Brasil em 21 de junho de 1919.
A eleição de Epitácio Pessoa ocorreu quando ele estava na França, caso único na história da república brasileira. Sua eleição também foi a única na República Velha que não ocorreu na data oficial das eleições presidenciais: 1 de março.
Sua candidatura foi apoiada por Minas Gerais. Sua vitória foi marcada por simbolismos, pois um presidente paraibano representava uma primeira derrota da política do café-com-leite, tendo apenas o Marechal Hermes da Fonseca sido uma solitária exceção uma década antes. Contudo, ainda assim ele representava a escolha das oligarquias paulista e mineira.
A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal da cidade.
O governador do estado de São Paulo da época, Washington Luís, apoiou o movimento, especialmente por meio de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro: Plínio Salgado e Menotti Del Picchia, membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista. Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. O evento marcou o início do modernismo no Brasil e tornou-se referência cultural do século XX.
A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos.
Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral, considerada um dos grandes pilares do modernismo brasileiro, se encontrava em Paris e, por esse motivo, não participou do evento. Muitos dos idealizadores do evento eram quatrocentões.
1922 - 1926
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Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura Bernardes.
Antes da eleição, Bernardes teve que enfrentar o rumoroso caso das "cartas falsas" atribuídas a ele e que denegriam o ex-presidente Hermes da Fonseca.
Seu vice-presidente foi Estácio Coimbra que substituiu Urbano Santos, vice-presidente eleito, também em 1 de março de 1922, e que faleceu no dia 7 de Maio de 1922, antes de tomar posse.
O descontentamento com a vitória de Bernardes e com o governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa, foram algumas das causas do chamado Levante do Forte de Copacabana, primeira ação do movimento tenentista. Bernardes teve que fazer frente à coluna Prestes, movimento tenentista que percorreu o país pregando mudanças políticas e sociais e que jamais foi derrotado pelo governo.
Além da oposição por parte da baixa oficialidade militar, ele ainda confrontou uma guerra civil no Rio Grande do Sul, onde Borges de Medeiros se elegeu presidente do estado pela quinta vez consecutiva, e também o movimento operário que se fortalecia novamente. Em 1923 e 1924 ocorreram novas ações tenentistas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde ocorreu a Revolução de 1924, que levou Bernardes a bombardear a cidade de São Paulo. Tudo isso levou Bernardes a decretar o estado de sítio, que perdurou durante quase todo seu governo.
Artur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil.
Fundou a Escola Superior de Agricultura e Veterinaria em sua cidade natal, Viçosa, que viria depois a se tornar a Universidade Federal de Viçosa.
Sob seu governo, o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926.
Bernardes promoveu a única reforma da Constituição de 1891, reforma que foi promulgada em setembro de 1926 e que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo, foi eleito senador em 1929.
O tenentismo foi um movimento social de caráter político-militar que ocorreu no Brasil nas décadas de 1920 e 1930, período conhecido como República das Oligarquias. Contou, principalmente, com a participação de jovens tenentes do exército.
O que defendiam
Este movimento contestava a ação política e social dos governos representantes das oligarquias cafeeiras (coronelismo). Embora tivessem uma posição conservadora e autoritária, os tenentes defendiam reformas políticas e sociais. Queriam a moralidade política no país e combatiam a corrupção.
O movimento tenentista defendia as seguintes mudanças:
Fim do voto de cabresto (sistema de votação baseado em violência e fraudes que só beneficiava os coronéis);
Reforma no sistema educacional público do país;
Mudança no sistema de voto aberto para secreto.
Revoltas
Os tenentistas chegaram a promover revoltas como, por exemplo, a revolta dos 18 do Forte de Copacabana. Nesta revolta, ocorrida em 5 de julho de 1922, foi durante combatido pelas forças oficiais. Outros exemplos de revoltas tenentistas foram a Revolta Paulista (1924) e a Comuna de Manaus (1924). A Coluna Prestes, liderada por Luis Carlos Prestes, enfrentou poucas vezes as forças oficiais. Os participantes da coluna percorreram milhares de quilômetros pelo interior do Brasil, objetivando conscientizar a população contra as injustiças sociais promovidas pelo governo republicano.
Enfraquecimento do tenentismo
Logo depois de Washington Luís deixar o governo paulista, ocorre a Revolução de 1924, e ele, então, se alista nas tropas que combateram a Revolução de 1924, dando seu apoio ao seu sucessor no governo paulista, o Dr. Carlos de Campos.
Passa brevemente pelo Senado Federal, eleito em 1925, após deixar o governo de São Paulo, assumindo a vaga aberta pelo falecimento do senador Alfredo Ellis em 1925.
É escolhido para disputar a presidência da república, como candidato único, sem nenhuma oposição e dissidência, tal era seu prestígio político. Foi apoiado, sem restrições, pelo PRP e demais partidos republicanos estaduais, no tradicional esquema de revezamento entre Minas Gerais e São Paulo na presidência da república, conhecido como política do café-com-leite.
Assim, no dia 1 de março de 1926, Washington Luís obtém a maior votação até então para a presidência da república: 688 528 votos contra 1116 votos dados ao general Joaquim Francisco de Assis Brasil. Fernando de Melo Viana é eleito, no mesmo dia, vice-presidente da república.
Assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1926. Sua eleição foi recebida com grandes esperanças, após um período de agitações políticas. Não renovou o estado de sítio aprovado no quadriênio anterior, por Artur Bernardes, que continuou vigorando, porém, em alguns estados, para o combate da Coluna Prestes. Extinguiu os presídios políticos da Ilha da Trindade e da Clevelândia no Amapá, mas, embora tivesse prometido libertar todos os presos políticos, segundo sua mensagem presidencial de 1927, não concedeu anistia aos revoltados de 1922, 1923, 1924 e 1925. A seguir, novos focos de insatisfações políticas o levaram a endurecer a Lei de Imprensa e a aprovar a “Lei Celerada”, que jogou novamente o Partido Comunista na ilegalidade.
A coluna Prestes, esgotada e sem apoio da população para uma revolução, em 1926, se retira para a Bolívia.
Enfrentou a crise internacional do café e a crise financeira internacional, iniciada em outubro de 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, mas mesmo assim tentou estabilizar a taxa de câmbio e equilibrar o orçamento nacional.[13]
Em 18 de dezembro de 1926, instituiu a reforma econômica, financeira, monetária e cambial no Brasil, através do decreto nº 5.108, sendo, naquele momento, seu ministro da fazenda, Getúlio Vargas.
Criou o Conselho de Defesa Nacional, em 1927, constituído pelo presidente da República e pelos ministros de estado, com a tarefa de “coordenar a produção de conhecimentos sobre questões de ordem financeira, econômica, bélica e moral, referentes à defesa da Pátria”[14]. Este conselho foi o embrião dos órgãos de inteligência e de segurança nacional do Brasil.
Pelo decreto nº 5.141, de 5 de janeiro de 1927 é criado o Fundo Especial para Construção e Conservação de Estradas de Rodagens Federais, para financiar o desenvolvimento rodoviário do Brasil.
Uma de suas realizações foi a rodovia Rio-Petrópolis que, inaugurada em 1928, mais tarde receberia seu nome, pertencente a BR-040, primeira rodovia asfaltada do Brasil e considerada na época como uma grande obra da engenharia civil brasileira; um marco (muitos populares pensavam que as obras foram realizadas por norte-americanos ou outros estrangeiros).
Terminou a Rodovia São Paulo-Rio (que ainda existe em alguns trechos chamados de SP-62, SP-64, SP-66 e SP-68, no estado de São Paulo), iniciada no seu mandato como governador do estado de São Paulo, inaugurando-a em 5 de maio de 1928[14]. Obra de dificílima realização. Foi a primeira rodovia a ligar São Paulo ao Rio de Janeiro e única ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro até a inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1950.[14]
Criou, em 1928, a Polícia Rodoviária Federal. Instituiu, pelo decreto nº 5083, de 1 de dezembro de 1926, O Código de Menores. Criou, em 1927, a Aviação do Exército.
Menções honrosas são certos eventos que poderiam ter fica na linha do tempo se tivesse mias espaço, porem esse site não permite mais de 10 tópicos por linha do tempo e cada acontecimento ou linha de acontecimentos não tem espaço infinito. Por exemplo eu havia tentado juntar os três acontecimentos da primeira e da segunda linha de eventos, entretanto não ouve espaço para nem uma outra.
Uma solução era juntar todos os eventos em uma linha do tempo, obviamente da para saber que ficaria muito confuso então resolvi fazer assim, e também as "Notes" não podem passar um certo tamnho.
Obs: Elas estarão fora de ordem
Vamos a elas :
1888-Abolição da escravatura
1891-Proclamação da República (obs; não fui utilizado por ser mencionado diversas vezes durante a linha do tempo especialmente durante as suas primeiras partes)
1910-Campanha civilista de Rui Barbosa
1916-Código civil brasileiro (instituído)
1922-Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (revolta tenentista 1)
1924-Revolta de Isidoro Lopes (revolta tenentista 2)
-Acabei não botando esses dois em um formato específico por conta que falei do movimento tenentista em geral-
1930-Golpe militar de Getúlio Vargas
1934-Segunda constituição do Brasil