Versão 2. Principais atividades e eventos ocorridos na Embrapa Gado de Leite, da fundação até os dias atuais.
Em 21 de setembro de 1972 é enviada ao presidente Emílio Garrastazu Médici a proposta de criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), assinada pelo ministro da Agricultura, Luiz Fernando Cirne Lima, e pelo ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Veloso. A Lei nº 5.851, 7 de dezembro de 1972, autoriza o Poder Executivo a instituir a Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura. A Empresa é criada em 26 de abril de 1973, com a missão de “Viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira”.
Em 19 de julho, a Resolução RD nº003/74 nomeia a equipe responsável por formular o anteprojeto para implantação do Centro Nacional de Gado de Leite, posteriormente renomeado para Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite (CNPGL).
É criado, oficialmente, o CNPGL, por meio de Deliberação da Diretoria-Executiva da Embrapa nº 082/74, de 4 de outubro de 1974.
A partir de outubro, a Fazenda Água Limpa, localizada no município de Coronel Pacheco (MG), se torna a primeira sede do CNPGL. Trata-se da antiga Estação Experimental de Café, vinculada ao Departamento Nacional de Pesquisa e Experimentação Agropecuária (DNPEA) e, anteriormente, ao Instituto de Pesquisas Agrícolas Centro-Oeste (Ipeaco).
O ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, e o presidente da Embrapa, José Irineu Cabral, inauguram o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite (CNPGL) no dia 26 de outubro.
A Fazenda Santa Mônica se torna o Campo Experimental Santa Monica (CESM) vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. A antiga fazenda produtora de café foi moradia do marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro, nos últimos momentos de sua vida. No século XX, foi incorporada ao então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Na década de 1940, recebeu a denominação de Fazenda Experimental de Criação, vinculada ao Instituto de Zootecnia.
A Estação Experimental João Pessoa (Umbuzeiro – PB), inaugurada em 1922 pelo Ministério da Agricultura, passa a ser subordinada ao CNPGL. Em 1996, a Embrapa transfere a posse da área para a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa).
A partir de 26 de outubro, o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite passa a ser denominado Embrapa Gado de Leite. A mudança de nome seguiu a nova política nacional da Empresa, para fortalecimento da marca “Embrapa”. Foi redefinida a missão do centro - “Viabilizar soluções por meio de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da cadeia produtiva do leite em benefício da sociedade brasileira”.
Em junho, é inaugurada a nova sede da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG). A moderna estrutura permitiu a informatização dos procedimentos de comunicação, pesquisa e controle administrativo; o funcionamento de equipamentos analíticos sofisticados e a conexão à Internet. A mudança para Juiz de Fora também permitiu o envolvimento de um grande número de estagiários de graduação e de pós-graduação nos trabalhos de pesquisa.
A antiga sede se torna o Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP).
É criado o Núcleo de Treinamento em Bovinocultura Leiteira Tropical (Nutre), em dezembro, com o objetivo de expandir a capacidade de difusão e transferência de tecnologias pelo treinamento e aperfeiçoamento de multiplicadores e pela capacitação gerencial de produtores e técnicos. A Embrapa Gado de Leite passou a oferecer 12 linhas de treinamento: Administração; Biotecnologia; Genética e Melhoramento; Gerenciamento da Saúde e da Produção; Metodologia de Pesquisa e Experimentação; Alimentação; Pastagens; Qualidade do Leite e Derivados; Fisiologia e Melhoramento de Plantas Forrageiras; Reprodução; Difusão e Transferência de Tecnologias e Informação.
O Núcleo Regional Centro-Oeste, instalado na Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás – GO), é o primeiro Núcleo Regional de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Leiteiro. A estrutura surge com o objetivo de ampliar a capacidade de a Embrapa Gado de Leite atender demandas sociais das diferentes regiões brasileiras. Descentraliza a gestão de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia, além de apoiar programas de desenvolvimento regional da bovinocultura de leite, em benefício de produtores familiares.
São criados outros dois Núcleos Regionais de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Leiteiro. O Núcleo Regional Nordeste inicia suas atividades na área da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Salvador – BA e, em 2002, é transferido para a sede da Federação da Agricultura do Governo do Estado da Bahia (FAEB). Desde 2003, está instalado na Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju – SE). O Núcleo Regional Sul também muda de endereço: nasce na Universidade Norte do Paraná (Unopar), no campus Vila Piza (Londrina – PR), e, em 2003, é deslocado para a Embrapa Soja, na mesma cidade. Hoje funciona na Embrapa Florestas (Colombo – PR).
A Embrapa Gado de Leite cede em comodato ao Instituto Estadual do Ambiente / RJ cerca de 800 hectares de mata atlântica do Campo Experimental de Santa Mônica (CESM). A área se destinou à criação do Parque Estadual da Serra da Concórdia, importante unidade de conservação de espécies da fauna e da flora brasileira, algumas delas em risco de extinção.
É criado o programa de Residência Zootécnica, uma modalidade de estágio para especialização no manejo e no trato de bovinos leiteiros, voltado a estudantes de cursos técnicos em agropecuária. Anualmente, recebe cerca de 20 estudantes de instituições parceiras de ensino, de todo o Brasil. O índice de aproveitamento imediato no mercado de trabalho supera 80% do total de alunos. Os demais, ingressam em cursos de nível superior ou assumem a gestão de propriedades familiares.
O Governo Federal institui o Programa de Fortalecimento e Crescimento da Embrapa, o PAC Embrapa, sinalizando a importância da ciência, da tecnologia e da inovação agropecuária para o País. O programa é associado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma iniciativa que engloba políticas econômicas para investimento em infraestrutura nos estados e municípios. Somente na Embrapa Gado de Leite, são investidos 8,46 milhões de reais entre 2008 e 2012. O montante é destinado a construção, obras de revitalização e aquisição de equipamentos para as instalações da Sede e dos Campos Experimentais de Coronel Pacheco e Santa Mônica. No período, são aplicados 56,3 milhões de reais em infraestrutura, considerando recursos de custeio e de investimento diretos e indiretos.
Em novembro, é criado o quarto Núcleo Regional de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Leiteiro, o Núcleo Regional Norte, situado na Embrapa Rondônia (Porto Velho – RO).
Em cessão de área por regime mútuo de comodato, cerca de 10 mil metros quadrados pertencentes a UFJF são incorporadas à Embrapa Gado de Leite para construção do Prédio da Transferência de Tecnologia, de um novo prédio para o Laboratório de Qualidade do Leite e casas de vegetação. Como contrapartida, uma área de 113 hectares do Campos Experimental de Coronel Pacheco é transferida à UFJF.
Em outubro, o Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP) passa a ser denominado Campo Experimental José Henrique Bruschi (CEJHB), em homenagem ao pesquisador da Embrapa Gado de Leite, da área de reprodução animal, falecido em 2009.
Os quatro Núcleos Regionais de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Leiteiro (Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte) passam a se chamar Núcleos Avançados de Apoio à Transferência de Tecnologia.
É inaugurado, em outubro o Complexo Multiusuário de Bioeficiência e Sustentabilidade da Pecuária, no Campo Experimental José Henrique Bruschi (Coronel Pacheco – MG). O Complexo vem atender a necessidade de aumentar a eficiência dos sistemas de produção de leite e carne em clima tropical, com baixo impacto ambiental. Contempla laboratórios, estrutura de apoio às atividades de pesquisa e tem capacidade para abrigar cerca de 400 animais, entre pequenos e grandes ruminantes.
Realizada a primeira etapa da construção de um novo prédio, com salas de reunião e salas para abrigar as equipes de Transferência de Tecnologia, do Núcleo de Comunicação Organizacional e de parceiros, como associações de criadores e fundações. A obra atende à necessidade gerada pelo crescimento do quadro funcional da Unidade.
É instalado no CECP o “Sistema Intensivo de Produção de Leite a Pasto”, com rebanho mestiço. Na época, vigorava o tabelamento do leite e o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite utilizou o Sistema para calcular os custos de produção do leite tipo C, fornecendo informações técnicas para que produtores, empresas e governo pudessem estabelecer o preço do leite. O Sistema vigorou até 1991, quando houve a desregulamentação do mercado de leite no Brasil, aliada à estabilização da economia e à abertura econômica. Direcionou a formulação das pesquisas analíticas e, ainda hoje, serve de importante instrumento na difusão de tecnologia e na geração de coeficientes técnicos e econômicos do processo de produção de leite.
A recém-constituída equipe de melhoramento animal do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite cria o projeto Mestiço Leiteiro Brasileiro (MLB). É o primeiro programa de teste de touros baseado no desempenho das filhas para leite (teste de progênie) realizado no país. O projeto se enquadra no programa de assistência técnica da Food and Agriculture Organization of de United Nations(FAO).
Tem início o Projeto de Acompanhamento de Fazendas, um trabalho pioneiro em Transferência de Tecnologia do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. Paralelo ao monitoramento do modelo físico foi realizado um trabalho de acompanhamento do desempenho de sistemas de produção em propriedades privadas. O projeto foi difundido primeiro em Minas Gerais e, posteriormente, no Rio de Janeiro, ambos em parceria com a Emater. Gradativamente, outros estados foram incorporados, sempre em interação com a extensão rural pública ou privada, via cooperativas e instituições congêneres.
Em sistemas de aleitamento artificial de bezerros, são iniciados estudos para a substituição do fornecimento de leite por colostro in natura ou conservado para reduzir o custo de produção.
Tem início o desenvolvimento de um conjunto de tecnologias destinadas ao cultivo de pastagens em áreas montanhosas da região Sudeste. Os estudos abrangem adubação química; uso de espécies forrageiras adequadas; tratos, culturas e práticas conservacionistas de solo.
Pesquisadores avaliam diversas gramíneas a fim de solucionar o problema de degradação das pastagens em áreas de morro, cobertas por capim-gordura e comprometidas devido ao superpastejo. São identificadas as mais promissoras, resultando em recomendações de espécies forrageiras herbáceas e arbustivas e de práticas agronômicas.
Em dezembro, começam os estudos sobre etiologia da mastite bovina e resistência aos antimicrobianos, com o objetivo de identificar os agentes da mastite em rebanhos leiteiros da Zona da Mata de Minas Gerais. Os estudos foram ampliados para avaliação de perdas de produção entre quartos mamários e alterações da composição do leite.
Começam as pesquisas em biotecnologia da reprodução. Realiza-se procedimentos de superovulação de bezerras impúberes, a partir de testes de fertilização in vitro com os oócitos desses animais.
Vários aditivos para melhorar a qualidade e o valor nutritivo da silagem de capim-elefante são avaliados pelo Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite. A forrageira já é utilizada por 70% dos produtores de leite da Zona da Mata de Minas Gerais para alimentação do rebanho sob a forma picada, mas como silagem é capaz de fornecer maior valor nutritivo.
A forte queda da produtividade de rebanhos leiteiros em sistemas menos intensivos durante o período seco, quando a disponibilidade e qualidade dos pastos é baixa, levam o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite a iniciar pesquisas sobre a suplementação alimentar com cana-de-açúcar associada a ureia. A partir de 1992, 35 variedades industriais de cana-de-açúcar plantadas no Brasil são avaliadas para produção de forragem. A alternativa reúne simplicidade e baixo custo de implantação, tornando-se acessível a qualquer produtor. Unidades demonstrativas, palestras e Dias de Campo foram ferramentas utilizadas para transferência da tecnologia em todo o país.
É criado o Programa Nacional de Pesquisa Agropecuária (Pronapa), que reúne os Programas Nacionais de Pesquisa (PNPs), dentre eles o PNP - Gado de Leite, sob coordenação do CNPGL. Trata-se do novo modelo de programação de pesquisa adotado pela Embrapa e da primeira iniciativa que possibilita ao CNPGL atuar em âmbito nacional com ações regionais. Até 1985, cerca de 20 sistemas de produção de leite foram instalados nas cinco regiões do país.
Têm início as pesquisas com forrageiras de inverno, com testes da aveia e do azevém em área irrigada. Três anos mais tarde, confirma-se melhor resultado do azevém, que passa a ser avaliado sob pastejo.
Começam estudos para adaptação do abrigo individual para bezerros para as condições tropicais. A tecnologia beneficia o manejo.
A utilização de biogás como fonte de energia se torna objeto de pesquisa. Três biodigestores foram instalados: dois no Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP) e um no Campo Experimental Santa Mônica (CESM)
Visando a produção intensiva de leite a pasto, em outubro pesquisadores iniciam os trabalhos com Capim-elefante, cultivar Napier, que oferece elevado potencial de produção de matéria seca, palatabilidade, vigor, persistência e qualidade.
Em função dos prejuízos econômicos e à saúde causados por parasitoses, o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite inicia pesquisas sobre ecologia dos parasitas gastrointestinais e adaptação de estratégia de controle. Também nesse período, é estudada a ecologia do carrapato dos bovinos e a adaptação de estratégia de controle.
O primeiro Dia de Campo do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite é realizado no CECP. Ainda hoje, trata-se de uma importante estratégia de transferência de tecnologia para o produtor rural, que aprende com informações e prática.
Estudos para verificar viabilidade econômica conduzem análises de tecnologias de forma isolada ou inseridas no contexto de sistema de produção. Fazem parte das pesquisas: pastejo rotativo de capim-elefante, cana + ureia e controle de endo e ecto parasitas.
O Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite realiza um levantamento dos níveis de macro e micro minerais por meio de análises de solo, forrageiras e tecidos dos animais (sangue e ossos). Os estudos permitiram verificar as demandas por estes elementos em diferentes regiões, possibilitando recomendações corretas de misturas minerais.
É realizada uma avaliação ginecológica em rebanhos leiteiros da Zona da Mata Mineira, identificando e quantificando os principais problemas reprodutivos. As informações da amostra possibilitam inferir a situação reprodutiva dos rebanhos leiteiros no país, tendo como desdobramento a avaliação da assistência técnica no tocante às melhorias dos índices produtivos e reprodutivos.
São iniciados estudos para estabelecer a fase de puberdade e maturidade sexual de touros mestiços Girolando, fornecendo subsidio para as Centrais de Inseminação na tomada de decisão sobre a melhor idade para coleta de sêmen.
Começam os primeiros trabalhos de correlação da condição corporal (escore corporal) com a eficiência reprodutiva do rebanho em função da alimentação.
O programa de teste de progênie do Gir Leiteiro tem início, derivando, em 1993, no lançamento do primeiro resultado relativo a nove touros. O teste dá origem, ainda, ao Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL) e incorpora a avaliação de características para teores de proteína, lactose e sólidos totais do leite. Com o desenvolvimento do Programa, é criado o Banco de DNA de Zebuínos Leiteiros.
O laboratório de radioimunoensaio é implantado para dar suporte aos trabalhos de fisiologia ovariana, envolvendo avaliação da atividade ovariana e de parâmetros bioquímicos e endócrinos. A partir dele, passa a ser possível executar análises hormonais e de componentes sanguíneos.
É lançada a primeira planilha de custo de produção de leite tipo C com base no sistema de produção de leite a pasto de rebanho mestiço do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite (CNPGL). O fato tem relação com o Plano de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira e Laticínios, elaborado por diversos segmentos do setor leiteiro e entregue ao Governo Federal. O Plano previa a elaboração de planilhas de custo de produção de leite tipo C e tipo B para diferentes regiões do país, visando orientar a definição do preço do leite, ainda sob controle governamental. As planilhas foram mensalmente atualizadas e divulgadas até 1996.
As planilhas de custos de produção conduziram ao acompanhamento da conjuntura do setor leiteiro e à criação de um Banco de Dados de variáveis macro e micro econômicas, como preços de insumos agropecuários, preços de leite ao produtor e ao consumidor, custos de produção, indicadores e índices da economia brasileira. Passa a ser avaliada a relação de preços de insumos, serviços próprios da pecuária leiteira e preços do leite.
Estudos do comportamento animal, com ênfase nos comportamentos alimentar e sexual, servem como diretriz para otimizar o manejo nutricional e reprodutivo dos bovinos. Como resultado, foram estabelecidas novas orientações relacionadas ao horário de ordenha, utilização de sombreamento em pastagens e intensificação na detecção de cio de animais das raças holandesa e zebuínas.
O CNPGL é designado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) como instituição depositária do Arquivo Zootécnico Nacional Gado de Leite (AZN-GL), hoje uma ampla base de dados com registros de desempenho produtivo e de genealogia das raças zebuínas leiteiras, das raças taurinas (Holandesa, Jersey e Pardo-Suíço) e da raça Girolando.
O Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite inicia várias ações de pesquisas para a intensificação da produção de leite. Foi instalado, no Campo Experimental de Coronel Pacheco, o sistema de produção intensivo de leite do tipo free-stall, com rebanho formado por animais da raça Holandesa de alto potencial genético para leite, de criatórios do Paraná e importados dos Estados Unidos. O sistema é criado, inicialmente, em Brasília (1983), com animais do Paraná.
Para a recuperação de pastagens degradadas, são iniciados trabalhos com leguminosas arbóreas e arbustivas (sistemas silvipastoris). Os primeiros estudos utilizaram árvores isoladas e, posteriormente, foram identificados modelos mais adequados para áreas montanhosas.
As primeiras análises econômicas são realizadas para avaliar a relação custo-benefício de medidas de controle da mastite subclínica.
Começam a ser feitas reuniões anuais do Núcleo de Difusão de Tecnologia (NDT) com o objetivo de fortalecer e ampliar a interação entre assistência técnica, lideranças do setor leiteiro e extensão rural. As reuniões constituíram bases para a campanha de aumento da produtividade. São realizadas até 1991.
O Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite realiza o primeiro Leilão de Gado Elite, com o objetivo de transferir tecnologias para o produtor rural na forma de genética de qualidade. Em resposta à participação de produtores de diversas regiões, o evento passa a ser transmitido pela televisão em 2011, recebendo lances presenciais e remotos, por telefone e Internet. O Leilão também é uma oportunidade para capacitar os produtores, em atividades como Dia de Campo e palestras.
É comprovada a eficiência do sistema de tratamento biológico aeróbico de dejetos gerados em sistemas intensivos de produção de leite, sob os pontos de vista ambiental, econômico e sanitário. Até então, os resíduos eram manejados e distribuídos de forma inadequada, poluindo o meio ambiente.
O Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite desenvolve o software Sistema de Acompanhamento de Fazendas (SAF), uma contribuição inédita para a época. Ele permitiu o registro dos dados coletados e a obtenção de indicadores técnicos e econômicos das 440 fazendas acompanhadas em nove estados da Federação, colaborando com o processo de descentralização das atividades.
O I Simpósio sobre Capim-elefante, realizado em abril de 1990, apresenta os primeiros resultados de pesquisa sobre os sistemas de capim-elefante para produção de leite no Brasil. Também discute os principais desafios para melhor aplicação da forrageira com esta finalidade.
São iniciados os trabalhos de produção intensiva de leite a pasto como principal alimento para vacas Holandesas Puras de Origem (PO). A pesquisa testa o uso da alfafa e, em seguida, avalia o coast-cross como sistema alternativo para produção de leite em free-stall.
Tem início o programa de melhoramento do capim-elefante, uma das mais importantes forrageiras, cultivada em todo o Brasil. Pesquisadores buscam cultivares mais produtivas, que possam ser propagadas por sementes.
Por iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite, com a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi instituída a Campanha Nacional de Aumento da Produtividade em Rebanhos Leiteiros. Realizada entre 1991 e 1994, a Campanha tem como ponto alto a promoção de 90 cursos de capacitação técnica voltados para agentes de extensão, profissionais de cooperativas, indústria de laticínios e autônomos.
As primeiras instruções técnicas que compõem a Pasta do Produtor são escritas e a publicação se torna uma importante ferramenta de transferência de tecnologia até o início da década de 2000. Com mais de 50 instruções, elaboradas de acordo com a demanda do produtor, o material tem linguagem simples e foi amplamente distribuído em eventos, visitas a produtores e dos produtores aos Campos Experimentai
Estudos envolvendo avaliação a campo e em câmara climática identificaram que, no Brasil Central, bovinos leiteiros estão sujeitos ao estresse calórico, condição que interfere na produtividade do animal, impactando em baixo consumo de alimento, baixa produção leiteira, dificuldade para identificação do cio e manutenção da gestação. Segundo as pesquisas, animais ½ sangue são mais eficientes na termorregulação quando comparados com animais ¾, 7/8 e Holandês.
Atividades de difusão ou transferência de tecnologia são desenvolvidas na Unidade desde 1976, porém é em 1992 que se institui a criação de uma grande estrutura específica, a Área de Difusão de Tecnologia.
São conduzidos trabalhos de regionalização de forrageiras, a fim de identificar gramíneas e leguminosas adaptadas às condições de solo e clima de importantes bacias leiteiras da Região Sudeste.
É lançada a primeira edição do livro “Gado de Leite – 500 perguntas, 500 respostas: o produtor pergunta, a Embrapa responde”. Bem sucedido, o projeto é reimpresso seis vezes e se torna a “Coleção 500 perguntas, 500 respostas”, que reúne livros de diferentes temas, produzidos pelas Unidades da Embrapa. Em 2004, sai a publicação da segunda edição, revisada e ampliada, e, em 2012, a terceira edição.
Pesquisas sobre biotecnologia da reprodução evoluem para geração e adaptação de tecnologias que derivem em maior eficiência nos protocolos de superovulação. A raça Gir, de grande importância econômica nacional e resultados reprodutivos médios inferiores aos das demais raças, se torna principal objeto de estudo a partir de 1997.
A partir de janeiro, são feitos estudos epidemiológicos sobre a prevalência da mastite bovina em rebanhos de Minas Gerais e os fatores de risco associados à doença, orientando medidas específicas de controle.
A Rede Nacional de Avaliação de Cultivares de Alfafa é criada para indicar as cultivares mais adaptadas aos sistemas de produção de leite em diferentes ambientes tropicais. As cultivares Crioula, P-30 Monarca e Vitoria se destacam em ensaios conduzidos na Região Sudeste, sendo as duas primeiras recomendadas para cultivo nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e clima subtropical.
Em parceria com a Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil, representada pelo Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá, o Centro Nacional de tem início as pesquisas para melhoramento da raça Guzerá para Leite, baseado no teste de progênie, associado ao Núcleo de Múltipla Ovulação e Transferência de Embriões (MOET).
São mapeadas as principais bacias leiteiras do país, organizando o acesso às informações e possibilitando análises conjunturais e estruturais do setor e da própria pesquisa. Entre os resultados estão a criação de bases de dados georreferenciados com variáveis e indicadores sobre a produção de leite no Brasil e os levantamentos e análises das principais restrições técnicas, socioeconômicas e institucionais da cadeia agroalimentar do leite, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste
Representantes dos vários segmentos da produção de leite e da comunidade científica se reuniram, em outubro, no workshop “Controle Integrado da Mastite Bovina”, com o objetivo de avaliar a informação disponível sobre os métodos de controle da doença e procurar as razões para as dificuldades de se implantar tais programas no Brasil.
O livro Leite em Números é publicado com informações sobre a cadeia produtiva do leite: volume de produção, comercialização e consumo de leite e derivados. Hoje, as estatísticas estão disponíveis no site da Embrapa Gado de Leite.
Começa a ser organizada a Coleção de Microrganismos de Interesse do Agronegócio do Leite, que compreende, atualmente, microrganismos causadores de mastite bovina, patógenos humanos transmitidos pelo leite e derivados, microrganismos deterioradores do leite e derivados e microrganismos isolados do rúmen e da silagem.
Em janeiro, o Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite inicia um programa de melhoria da qualidade do leite, coordenando discussões sobre o tema e colaborando com a normatização de procedimentos técnicos mais modernos para produção de leite e para a estruturação do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite. O trabalho culminou na inclusão de testes para avaliação da qualidade do leite já usados em países desenvolvidos: contagem total de bactérias e de células somáticas, conteúdo de proteína e pesquisa de resíduos de antibióticos no leite. Também baseou a Instrução Normativa 51/2002 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), posteriormente IN 62/2011, e discussões sobre programas de melhoria da qualidade do leite.
Também em janeiro, são padronizados os procedimentos para diagnóstico microbiológico da mastite bovina, adequando a coleta de amostras, o transporte e a cultura no laboratório aos critérios recomendados internacionalmente. A mudança permite que os resultados no Brasil sejam comparados com análises de outros países.
O Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite passa a utilizar o diagnóstico por imagem de ultrassonografia, possibilitando a realização de diversos estudos da fisiologia ovariana, principalmente com a raça Gir.
Em dezembro, é lançado comercialmente o primeiro material de capim-elefante, a cultivar Pioneiro, específica para uso em sistema de pastejo rotativo. É fruto do programa de melhoramento genético iniciado em 1991.
Reconhecida pela comunidade científica como principal evento técnico-científico nacional de zootecnia, a XXXIV Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Zootecnia (SBZ) é realizada em junho, na cidade de Juiz de Fora / MG, sob coordenação da Embrapa Gado de Leite.
Considerando a dificuldade do produtor em conhecer e associar a sensibilidade da população de carrapatos do rebanho aos carrapaticidas disponíveis no mercado, a Embrapa Gado de Leite passou a disponibilizar um serviço laboratorial gratuito para tal análise, favorecendo um controle mais eficiente e econômico de carrapatos.
Em dezembro, é criado o Laboratório de Qualidade do Leite (LQL). Foram adquiridos equipamentos automatizados para contagem de células somáticas e determinação da composição do leite com recursos do Banco Mundial (Programa de Modernização da Agropecuária – PROMOAGRO). Desde então, são prestados serviços de análise de qualidade do leite para associações de criadores, produtores, cooperativas, indústrias de laticínios e projetos de pesquisa da Embrapa Gado de Leite e de instituições de ensino e pesquisa parceiras.
Em parceria com o Senar-MG, a Embrapa Gado de Leite lança o livro Trabalhador na Bovinocultura de Leite: manual técnico, uma publicação que objetiva contribuir para o desenvolvimento do homem no campo. Contém, de forma detalhada, todas as tarefas, informações tecnológicas e cuidados com segurança no trabalho. A segunda edição, revisada e ampliada, é lançada em 2010.
Tem início o Programa Nacional de Melhoramento da Raça Girolando, uma parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. A raça, reconhecida desde 1996 pelo MAPA, é formada por animais com composição genética 5/8 Holandês e 3/8 Gir e tem grande destaque no rebanho leiteiro nacional, no qual a predominância é de mestiços Holandês e Zebu.
É obtida a patente da pomada Papilomax, cujas pesquisas foram iniciadas em 1995. Seu uso está associado ao tratamento de papilomas (verrugas) em bovinos leiteiros, incluindo tetos e cascos. Entre 1996 a 2001, a Papilomax foi produzida pela Embrapa Gado de Leite em caráter experimental. Em 2001, a produção foi terceirizada.
Um modelo de contrato para a venda do leite é elaborado para disciplinar as condições de compra e venda do leite in natura. Por meio dos contratos, as indústrias puderam estipular indicadores de qualidade desejáveis; exigir maior regularidade no volume de leite entregue ao longo do ano, definindo quantidades máximas e mínimas; além de abordar aspectos como transporte, horários para recepção do leite, condições relativas a preços e prazos para pagamento.
Fruto da parceria firmada entre CEMIG, Emater/MG, Universidade Federal de São João del-Rei e Embrapa Gado de Leite, tem inicio a série anual de Encontros dos Produtores de Leite da Região do Campo das Vertentes, realizado em setembro, também com presença de pesquisadores, professores, extensionistas e estudantes.
Começam as pesquisas conjunturais e estruturais dos diversos elos que compõem a cadeia agroindustrial do leite. Merecem destaque estudos sobre competitividade dos produtos lácteos em Goiás e efeitos de políticas públicas sobre a cadeia produtiva do leite em pó.
O projeto “Plataforma Tecnológica do Leite”, sob a coordenação da Embrapa Gado de Leite, é iniciado com o objetivo de identificar e priorizar restrições técnicas, tecnológicas, socioeconômicas e institucionais que inviabilizam o crescimento efetivo da cadeia produtiva do leite e que demandam investigação científica. Com abrangência nacional, o projeto integra o Plano Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT III), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As atividades da Plataforma são encerradas em 2004.
Dois softwares são desenvolvidos por meio de cooperação técnica com um projeto da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). São eles o Sis1000 (Sistema para Monitoramento na Indústria de Laticínios) e o Sisleite (Sistema para Monitoramento de Custos em Unidades de Produção de Leite), que possibilita ao produtor acompanhar, registrar e controlar as ocorrências de sua propriedade leiteira, no que diz respeito a evolução do rebanho, produção de alimentos volumosos, fluxo de caixa, custo de produção de leite e capital imobilizado. No final de 1999, em parceria com a Gemini Sistemas são desenvolvidas as versões 2.0 de ambos os softwares.
É realizado o I Minas Leite, cujas edições se sucederam até 2008, com vistas à intensificação da produção leiteira. O evento levou à criação do Estado-Leite, com agendas regionais neste mesmo modelo para transferência de tecnologia.
Em outubro, Goiânia-GO recebe o I Simpósio sobre Sustentabilidade da Pecuária de Leite no Brasil, com debates sobre temas relacionados à sustentabilidade da atividade leiteira.
A parceria com a Universidade Vale do Rio Doce (Univale) possibilitou a realização do I Simpósio relacionado à Sustentabilidade da Produção de Leite no Leste Mineiro em novembro.
A Embrapa Gado de Leite sugere que os Taninos Condensados (TC) do sorgo sejam um potencial mitigador da emissão de metano entérico, um dos gases do efeito estufa. Também apresentou-se como um protetor de proteína ruminal, relacionada a digestibilidade, quando consumido em níveis inferiores a 40 a 50g/kg.
É financiado pelo Projeto de Apoio ao Desenvolvimento de Tecnologia Agropecuária para o Brasil (Prodetab) uma pesquisa de metodologia e conceitos da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), para aplicação na produção primária do leite. Os resultados indicaram a necessidade de implementar as Boas Práticas Agropecuárias (BPA) na produção leiteira e levaram à elaboração de um manual, editado em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
A primeira montagem da Vitrine de Tecnologias do Leite é feita na Exposição Agropecuária de Belo Horizonte. A Vitrine tem como objetivo apresentar a cadeia produtiva do leite ao público infantil e urbano. Até hoje, mais de 300 mil pessoas já visitaram a vitrine em diversos locais do país.
Nos mesmos moldes do Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro, em 2000 tem inicio o Programa Nacional de Melhoramento da Raça Holandesa.
Passou-se a extrair e a estocar o DNA de animais das raças Gir, Guzerá, Girolando e Holandesa. As informações são utilizadas na genotipagem de locus de interesse econômico, permitindo a inclusão de características moleculares nos sumários de touros. Os primeiros genótipos influídos foram para o gene da Kappa Caseína. Em seguida, beta-lactoglobulina, prolactina e DGAT1.
Nascem os primeiros bezerros de proveta, pela técnica de aspiração folicular. É o primeiro relato de bezerros produzidos in vitro por um grupo de pesquisa de Minas Gerais.
Representantes de vários países da América do Sul, liderados pela Embrapa Gado de Leite, discutem o desenvolvimento de estratégias para a adoção de sistemas silvipastoris pelos produtores de leite no Simpósio Internacional sobre Sistemas Agroflorestais, realizado em setembro.
O Laboratório de Reprodução Animal é reestruturado e recebe equipamentos de última geração, permitindo avanço nas pesquisas em biotecnologia da reprodução.
O VI Congresso “Holstein de las Américas” foi realizado em abril, no Brasil, organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH), com apoio técnico da Embrapa Gado de Leite e institucional do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Trata-se de um fórum bianual, importante para a comunicação dos avanços nos conhecimentos técnico e científico aplicados à pecuária leiteira; o intercâmbio de experiências e conquistas institucionais; a análise das tendências da produção de leite e da indústria leiteira mundial.
Uma parceria entre a Embrapa Gado de Leite, a Emater/Rio e a Fundação Dom André Arco Verde permite a realização do Congresso de Produtores de Leite das Regiões Sul e Centro-sul Fluminense, composto por dois eventos: o I Encontro de Produtores de Leite das Regiões Centro-sul e Sul Fluminense e o Seminário sobre Políticas Públicas e Diretrizes para o Setor Leiteiro das Regiões Sul e Centro-sul Fluminense. Dois anos mais tarde, o Congresso passou a se chamar Rio Leite, com caráter itinerante entre os municípios do estado.
Em dezembro, o 1º Simpósio Sobre Sustentabilidade da Pecuária de Leite dá lugar ao 1º Congresso Internacional do Leite, reunindo na programação o Simpósio sobre sustentabilidade da Pecuária Leiteira e o Workshop de Políticas Públicas para o Setor Leiteiro.
Em comemoração ao aniversário da Unidade, é publicado o livro “Embrapa Gado de Leite: 25 anos desenvolvendo a pecuária de leite nacional”.
A Embrapa Gado de Leite realiza o 1º Curso Internacional, em novembro, intitulado Capacitación en Tecnología para Producción de Leche en los Trópicos, numa parceria com a Federación Panamericana de Lechería (Fepale). Tem como finalidade capacitar profissionais em tecnologias de produção de leite a pasto nas condições tropicais, visando a sustentabilidade da atividade leiteira e a sua competitividade.
São iniciados, em janeiro, trabalhos em parceria com a Emater/MG e a Epamig/ILCT sobre a viabilidade técnica do uso de tanques de refrigeração coletivos para pequenos produtores reunidos em Associações, com vistas à qualidade do leite, no tocante aos regulamentos da Instrução Normativa 51/2002 (posteriormente IN 62/2011). A IN 51/2002 entra em vigor em 2008, quando os estudos são retomados.
Para atender a demanda do consumidor por alimento de qualidade, produzidos em bases sustentáveis, pesquisadores iniciaram o desenvolvimento de ações para o acompanhamento socioeconômico e zootécnico de sistemas de produção orgânica de leite. São pesquisadas alternativas para a produção de forragem e controle sanitário dos animais (combate de carrapatos e prevenção e tratamento da mastite bovina).
É realizado o estudo dos efeitos de políticas públicas e mercados sobre o sistema agroindustrial do leite nos cinco principais estados produtores do Brasil.
A Embrapa Gado de Leite organiza, em junho, o I Workshop do Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite, que aborda temas como qualidade do leite, impacto para a indústria e a questão dos resíduos de antibióticos.
O 41º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural (Sober) é realizado em Juiz de Fora / MG, entre 27 e 30 de julho. A organização fica a cargo da Embrapa Gado de Leite, em parceria com as Universidades Federais de Juiz de Fora, Viçosa, Lavras e São João del-Rei.
O Laboratório de Qualidade do Leite passa a integrar oficialmente a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade de Leite (RBQL), criada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
São aplicados métodos moleculares para identificar os agentes da mastite bovina, conferindo mais precisão aos resultados obtidos nas pesquisas. Além disso, estudos avaliam a viabilidade técnica da erradicação de Streptococcus agalactiae, relacionado à mastite, e o retorno econômico dessa prática.
A Embrapa passa a monitorar os preços e volumes transacionados nos mercados de leite e derivados lácteos, contribuindo com informações para melhor coordenar a cadeia produtiva. O trabalho é realizado por meio do Sistema de Monitoramento do Mercado de Lácteos do Brasil (SimLeite).
São desenvolvidas planilhas para avaliação de indicadores técnicos de eficiência e renda da propriedade leiteira. Com objetivo de fazer um diagnóstico objetivo e rápido da propriedade leiteira, as planilhas foram validadas em parceria com a Emater-MG, cooperativas de Goiás e Banco do Brasil, bem como no Projeto Procriar - Aprimoramento da pecuária de leite nas regiões do Norte de Minas e Vale do Jequitinhonh
Em abril, é lançado o Kit Embrapa de Ordenha Manual. Trata-se de uma inovação gerada na Embrapa Gado de Leite, em conjunto com a outras instituições, para auxiliar pequenos produtores a produzirem leite com melhor qualidade microbiológica. O kit contém elementos para higienização dos tetos da vaca e uma cartilha instrutiva.
A Árvore do Conhecimento do Agronegócio do Leite foi o primeiro modelo desse trabalho a ser publicado na Agência de Informação Embrapa: www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/Abertura.html. Oferece informações sobre a produção de leite, abrangendo as fases de pré-produção, produção e pós-produção, por meio de navegação numa estrutura ramificada em forma de árvore hiperbólica, por hipertexto ou serviço de busca.
A Embrapa Gado de Leite lança o Centro de Inteligência do Leite (CILeite – www.cileite.com.br), por meio de parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Minas Gerais. O CILeite acompanha a conjuntura, a evolução e as tendências da cadeia produtiva do leite para oferecer informações técnicas e econômicas ao público interessado. Os dados são fornecidos por uma rede composta por produtores, empresas, associações, sindicatos, federações de produtores e de trabalhadores, universidades e institutos de pesquisa.
“Embrapa Gado de Leite: 30 anos de pesquisa e conquistas para o Brasil” é o livro que celebra as três décadas de trabalho da Empresa em prol do desenvolvimento da cadeia produtiva do leite bovino.
Em setembro, o Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP) se torna a primeira propriedade rural da Região Sudeste certificada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como livre de brucelose e tuberculose bovina.
Tem início o Consórcio Brasileiro para Comparação de Modelos de Produção de Leite (CBLeite), destinado a levantar dados de custo de produção e compartilhar informações e metodologias para estudo e melhor compreensão dos aspectos globais da atividade leiteira. Como consequência, permite acesso a banco de dados de outros países, favorecendo a competitividade. O CBLeite é formado por 11 entidades e empresas e integra a Rede Internacional de Comparação de Fazendas (IFCN), da qual a Embrapa é membro desde 2001, representada pela Embrapa Gado de Leite, que coordena os trabalhos da IFCN no Brasil.
O 1º Workshop de Nanotecnologia Aplicada à Produção de Leite é realizado em abril.
A realização do “Workshop sobre Qualidade do Leite” em Brasília, no mês de novembro, teve como objetivo discutir os desafios para se atingir o padrão de qualidade desejado, sem excluir os produtores da atividade. O evento se repetiu nos três anos seguintes como parte da programação do “Fórum das Américas: Leite e Derivados”.
A Embrapa Gado de Leite disponibiliza um Banco de Dados relacional e georreferenciado sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). O acesso é livre no endereço www.cnpgl.embrapa.br/nova/silpf/index.php.
A partir de dezembro, a Embrapa Gado de Leite lidera um projeto em escala nacional de monitoramento da resistência bacteriana aos antimicrobianos e pesquisa de genes de resistência. Para esse fim, foi criado um Centro Colaborador sobre o tema, com apoio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Em 27 de fevereiro, o Laboratório de Qualidade do Leite recebe o credenciamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para realizar análises de amostras de leite, em suporte à Inspeção de Produtos de Origem Animal.
A primeira edição do “Pernambuco Leite” – Sustentabilidade da Pecuária de Leite na Região Nordeste, é feita entre 27 e 28 de maio, em Garanhuns-PE.
De 13 a 16 de julho, Juiz de Fora - MG recebe o I Fórum das Américas: Leite e Derivados, reunindo no mesmo espaço diversos eventos: Expolac, Expomac, Congresso Nacional de Laticínios, Concurso Nacional de Produtos Lácteos, além da sétima edição do Congresso Internacional do Leite. O evento é realizado em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), as Secretarias de Estado de Agricultura e de Ciência e Tecnologia e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
Em setembro, no I Goiás Leite, Embrapa Gado de Leite, FAEG, Senar-GO e prefeituras municipais de Itaberaí, Niquelândia, Orizona, Piracanjuba, Mineiros, Piranhas e São Luís de Montes Belos se uniram para discutir, com o setor produtivo, informações técnicas demandadas pelo agronegócio do leite.
É criado o sistema LOLITA (Large Output Low Input Technological Application), um protocolo para a produção rápida de mudas de cana-de-açúcar a partir da micropropagação in vitro de segmentos vegetativos em bases fisiológicas e moleculares como ponto de partida para o estabelecer biofábricas.
É implantado o Programa Nacional de Melhoramento da Raça Sindi para leite.
Pesquisadores passam a realizar estudos para desenvolver ferramentas genômicas (chips de DNA) para a genotipagem de bovinos. A avaliação dos dados auxilia na pré-seleção de touros jovens dos programas de melhoramento. Paralelamente, é feito o sequenciamento do genoma do Gir leiteiro e Guzerá, visando à identificação de genes de interesse econômico para a pecuária de leite.
A Embrapa Gado de Leite, em parceria com Sebrae, Senar e outras instituições, dão início ao Programa Alimentos Seguros voltado para a pecuária de leite (PAS-Leite).
Em outubro, é feito o depósito nacional e internacional de patente do processo de produção e aplicação de nanopartículas do própolis para uso animal e humano. A tecnologia atende exigências da produção orgânica de leite.
É depositada patente nacional e internacional da primeira formulação intramamária contendo nanotecnologia, um antibiótico nanoestruturado para controle da mastite bovina. Trata-se de uma inovação obtida por trabalho em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, iniciado em setembro de 2007. Em 25 de março de 2011 foi concluído o tratamento da primeira vaca com este produto.
Em nova parceria com a Geminisistemas, a Embrapa Gado de Leite lança o software "Gisleite" - Gestão Informatizada de Sistemas de Produção de Leite. Trata-se de um sistema gratuito de informação gerencial, que orienta os produtores em tomadas de decisão, a partir de indicadores de desempenho produtivo e reprodutivo individuais, de produtividade do rebanho e de eficiência econômica de sistemas de produção. Faz análises por filtros, como região ou estrutura. Permite a integração de dados dos usuários, subsidiando ações de certificação de qualidade e de rastreabilidade.
É criada a Rede de Pesquisa e Inovação em Leite (RepiLeite), primeira rede social sobre a cadeia produtiva do leite na Internet. O objetivo da Rede é fomentar as discussões sobre o agronegócio do leite, por meio de ferramentas como vídeos, fotos, blogs, chats, trocas de mensagens e fóruns são utilizados para o compartilhamento de ideias e a criação coletiva do conhecimento
É executado em parceria com a Itambé o projeto Gestão Eficiente da Propriedade Leiteira (GEPLeite), objetivando a implantação de um sistema de controle em propriedades leiteiras que considere os tradicionais indicadores zootécnicos, mas adicione mecanismos de tomada de decisão gerencial baseados em um conjunto de indicadores econômicos e financeiros. A cada mês, é aferido o custo de produção de cada propriedade e os indicadores de eficiência zootécnica do rebanho, além de ser verificado se a propriedade está gerando ou destruindo valor em relação ao patrimônio.
É lançado em 25 de julho o Plano Nacional de Capacitação em Qualidade do Leite (PNCQL), com o objetivo de ampliar o foco do PAS-Leite, com vistas a qualidade e segurança alimentar e adoção de Boas Práticas Agropecuárias.
Menos de três anos após a divulgação do mapeamento do genoma bovino, realizado pela comunidade científica internacional, o Brasil apresenta, em maio, os primeiros resultados do sequenciamento do genoma de animais de raças zebuínas para leite (Gir Leiteiro e Guzerá).
É inaugurada, em outubro, a nova Vitrine Tecnológica, com estrutura interativa em painéis de led, que levam o visitante a navegar pelas etapas da cadeia produtiva do leite, respondendo a perguntas e descobrindo curiosidades. Produzida para o público infantil, a Vitrine recebe milhares de crianças anualmente pelo programa Embrapa e Escola, sendo levada em eventos e cidades com presença da atividade leiteira. A experiência contribui para a valorização do produtor rural, garantindo a sustentabilidade do campo, e desperta o interesse pelas diversas profissões ligadas ao agronegócio do leite.
Relação nominal dos Chefes-gerais, Chefes-adjuntos e respectivos períodos administrativos.
Chefe-adjunto Administrativo: José Lobato Neto (4/75-9/77).
Chefe-adjunto Técnico: Roberto Pereira de Mello (4/75-9/77)
Chefe-adjunto Administrativo: José Lobato Neto (9/77-8/80).
Chefe-adjunto Administrativo: Fernando Monteiro de Oliveira (8/80-1/82).
Chefe-adjunto Técnico: Miguel Simão Neto (10/77-3/81).
Chefe-adjunto Técnico: Homero Abílio Moreira (4/81-1/82).
Chefe-adjunto Administrativo: Fernando Monteiro de Oliveira (1/82-7-85).
Chefe-adjunto Técnico: Homero Abílio Moreira (1/82-10/84).
Chefe-adjunto Técnico: Airdem Gonçalves de Assis(10/84-7/85).
Chefe-adjunto Administrativo: Fernando Monteiro de Oliveira 7/85-11/85).
Chefe-adjunto de Apoio: Cléverson Siqueira (11/85-3/86).
Chefe-adjunto de Apoio: José Lobato Neto (3/86-4/86).
Chefe-adjunto Técnico: Airdem Gonçalves de Assis (7/85-3/86).
Chefe-adjunto Técnico: Rodolpho de Almeida Torres (3/86-4/86).
Chefe-adjunto de Apoio: Aloísio Teixeira Gomes (4/86-9/90).
Chefe-adjunto Técnico: Oriel Fajardo de Campos (4/86-9/90).
Chefe-adjunto Técnico: Mário Luiz Martinez (9/90-3/93).
Chefe-adjunto de Apoio: Cláudio Nápolis Costa (9/90-8/92).
Chefe-adjunto de Apoio: Luciano Patto Novaes (8/92-3/93).
Chefe-adjunto de Apoio: Luciano Patto Novaes (3/93-5/93).
Chefe-adjunto Técnico: Luciano Patto Novaes (5/93-6/95).
Chefe-adjunto de Apoio: Luciano Patto Novaes (5/93-6/95).
Chefe-adjunto de P&D: Duarte Vilela (5/93-6/95).
Chefe-adjunto Administrativo: Laércio Gomes Machado (11/93-6/95).
Chefe-adjunto Administrativo: Laércio Gomes Machado (7/95-10/95).
Chefe-adjunto Administrativo: Aloísio Teixeira Gomes (11/95-12/99).
Chefe-adjunto de Apoio Téc./Desenvolvimento: Luiz Gomes de Souza (10/95-10/97).
Chefe-adjunto de Desenvolvimento / C&N: Limirio de Almeida Carvalho (10/97-12/99)
Chefe-adjunto de P&D/Pesq.: Terezinha Padilha Bounds (10/95-10/97).
Chefe-adjunto de P&D/Pesq.: Oriel Fajardo de Campos (10/97-12/99).
Chefe-adjunto Administrativo: Victor Ferreira de souza (12/99-3/04).
Chefe-adjunto de C&N: Matheus Bressan (12/99-3/04)
Chefe-adjunto de P&D: Mário Luiz Martinez (12/99-3/04).
Chefe-adjunto Administrativo: Luiz fernando portugal (3/04-9/08).
Chefe-adjunto de C&N: Marne Sidney de Paula Moreira (3/04-9/08).
Chefe-adjunto de P&D: Pedro Braga Arcuri (3/04-9/08).
Chefe-adjunto Administrativo: Antônio Vander Pereira (9/08-10/12).
Chefe-adjunto de C&N: Carlos Eugênio Martins (9/08-7/09).
Chefe-adjunto de C&N: Elizabeth Nogueira Fernandes (8/09-10/12).
Chefe-adjunto de P&D: Rui da Silva verneque (9/08-10/12).